sexta-feira, 24 de junho de 2011

Entrevista

Realizamos esta entrevista com o intuito de mostrar como que até os dias atuas existem administradores que ainda utilizam em suas empresas as Teorias Gerais da Administração.

sábado, 4 de junho de 2011

Conclusão

Todas as TGAs (Teorias Gerais da Administração) sofreram várias influências, e estas por sua vez influenciaram e beneficiaram as organizações de tanto de forma positiva, como negativa. Sabe-se também que as organizações sofreram influências das forças de seus ambientes (microambiente e macroambiente), podendo ser controladas ou não por ela.

A Administração Científica se baseava na linha operacional (ênfase nas tarefas), ou seja, as pessoas eram vistas como um instrumento de produção e utilizadas para alcançar a eficiência para a organização. O principal objetivo desta administração era construir uma estrutura formal e em seguida dividir o trabalho em unidades menores, buscando assim a racionalidade do trabalho operário.

A Teoria Clássica da Administração se baseava na linha gerencial (ênfase na estrutura), ou seja, a habilidade administrativa era separada da habilidade técnica, onde todos tinham oportunidades e aqueles que possuíam talentos subiam os degraus mais altos da hierarquia da organização. O principal objetivo desta teoria era aumentar a eficiência da organização por meio dos vários níveis  hierárquicos.

A Teoria da Burocracia se baseava na organização como um todo (ênfase na autoridade), ou seja, o objetivo para a busca da racionalidade seria para construir um sistema baseado nos tipos de relacionamentos humanos necessários para aumentar a produtividade.

A Teoria das Relações Humanas se baseava com ênfase nas pessoas, ou seja, os aspectos mais importantes da organização se concentravam no homem e no seu grupo social, onde seu principal objetivo é na segurança do pessoal e nas necessidades sociais dos trabalhadores para alcançarem as metas da organização.

A Teoria Comportamental valoriza o comportamento das pessoas dentro da organização, ou seja, esta teoria tinha como objetivo ajustar o pessoal no trabalho da organização, nos relacionamentos intergrupais e nos estilos de liderança, isto é, nos estudos das pessoas e de seus grupos.

domingo, 29 de maio de 2011

"Tempos Modernos"


O filme Tempos Modernos de Charlie Chaplin mostra como era a organização das empresas no início do século XX, a partir desta surgiram novos tipos de administração, que  se aprimoram tanto em relação aos interesses das organizações como das pessoas que as constituem, contribuindo assim para a evolução das mesmas.

sábado, 28 de maio de 2011

Teoria Comportamental

Dinamizando a empresa através das pessoas

Objetivo de aprendizagem:
- Definir as características de mais democráticas das teorias administrativas e sua fundamentação sobre a natureza humana.
- Definir os estilos de administração e sistemas administrativos e suas características.
- Mostrar as organizações como sistemas sociais cooperativos e sistemas de decisões.
- Definir comportamento organizacional e interações entre participantes e organizações.
- Fazer um balanço abrangente e critico da contribuição behaviorista à  Administração.

Origens da Teoria Comportamental
As origens da Teoria Comportamental da Administração são as seguintes:
- A oposição ferrenha e definitiva da Teoria das Relações Humanas (ênfase nas pessoas) em relação à Teoria Clássica (ênfase nas tarefas e estrutura organizacional) caminhou lentamente para um segundo estagio: a Teoria Comportamental.
- A Teoria Comportamental representa um desdobramento da Teoria das Relações Humanas, com qual se mostra critica e severa, reformulando seus conceitos e rejeitando suas concepções ingênuas e românticas.
- A Teoria Comportamental critica a Teoria Clássica, colocando-se como uma antítese da teoria da organização formal, dos princípios de administração, do conceito de autoridade formal e do mecanicismo dos autores clássicos.
- A Teoria Comportamental incorporou a Sociologia da Burocracia, ampliando o campo da teoria administrativa. Mas se mostra muito critica com relação ao “modelo de maquina” que esta adota para representar a organização.
- Em 1947, o livro: O Comportamento Administrativo, de Herbert A. Simon – que constitui o inicio da Teoria das Decisões e um forte ataque às Teorias Clássicas e das Relações Humanas – inaugura a Teoria Comportamental.
Novas Proposições sobre a Motivação Humana
A Teoria Comportamental fundamenta-se no comportamento individual das pessoas para explicar o comportamento organizacional. O administrador deve conhecer a necessidades humanas para compreender o comportamento humano e tilizar a motivação como meio para melhorar a qualidade de vida nas organizações.

Hierarquia das necessidades de Maslow
Maslow apresentou uma teoria da motivação pela qual as necessidades humanas estão organizadas em uma hierarquia de importância, como uma pirâmide. Na base estão as necessidade mais baixas (necessidades fisiológicas), e, no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades de auto-realização) .
- Necessidades fisiológicas: Constituem o nível mais baixo da hierarquia, no qual estão as necessidades de alimentação (fome e sede), sono e repouso (cansaço), abrigo (frio ou calor), desejo sexual e etc. Estão relacionadas à sobrevivência do individuo e preservação da espécie.
- Necessidades de Segurança: são necessidades de segurança, estabilidade, busca de proteção contra a ameaça ou privação e fuga do perigo.
- Necessidades sociais:  surgem quando as necessidades mais baixas (fisiológicas e de segurança) encontram-se relativamente satisfeitas. São as necessidades de associação, participação, amizade, afeto, amor e aceitação por parte dos colegas. Quando não estão suficientemente satisfeitas, o individuo torna-se resistente, antagônico e hostil com relação às pessoas que cercam. A frustaçao conduz à falta de adaptação social, ao isolamento e à solidão.
- Necessidade de estima: Estão relacionadas à maquina pela qual o individuo se vê e se avalia. Envolvem auto-apreciação, autoconfiança, necessidade de aprovação social e de respeito, status, prestigio e consideração. Incluem ainda o desejode independência e autonomia.
- Necessidades de auto-realização: São as necessidades mais elevadas e que estão  no topo da hierarquia. Estão relacionadas à realização do próprio potencial e ao autodesenvolvimento contínuo da pessoa. É o impulso para tornar-se sempre mais e de vir a ser tudo o que pode ser.


Teorias dos dois fatores de Herzberg
Frederick Herzberg formulou a teoria dos dois fatores para explicar o comportamento das pessoas em situações de trabalho. Para ele existem dois fatores que orientam o comportamento das pessoas:
1.      Fatores Higiênicos ou fatores extrínsecos. Estão localizados no ambiente que rodeia as pessoas e abrange as condições dentro das quais elas desempenham seu trabalho. Essas condições são decididas pela empresa, e os fatores  higiênicos estão hora do controle das pessoas. Os fatores higiênicos são: salário, benefícios sociais, estilo de cheia ou supervisão, condições físicas e ambientas de trabalho, políticas e diretrizes da empresa, regulamentos  internos , clima de relacionamento entre empresa e funcionários etc.
2.      Fatores motivacionais ou fatores intrínsecos. Estão relacionadas ao conteúdo do cargo e com a natureza das tarefas que a pessoa executa. Envolvem sentimentos de crescimento individual, reconhecimento profissional e auto-realização , e dependem das tarefas que a pessoa realiza no trabalho.

Os dois fatores – higiênicos e motivacionais – não se vinculam entre si e são independentes. Os fatores responsáveis pela satisfação das pessoas são distintos dos fatores responsáveis pela insatisfação.

Estilos de Administração

A Teoria Comportamental oferece uma variedade de estilos de administração à disposição do administrador. A administração das organizações é condicionada pelos estilos adotados pelos administradores que nelas dirigem o comportamento das pessoas.


McGregor compara dois estilos opostos e antagônicos de administrar: de um lado, um estilo baseado na teoria tradicional, mecanicista e pragmática (a que deu o nome de Teoria X), e, de outro, um estilo baseado nas concepções modernas a respeito do comportamento humano (a que denominou Teoria Y).

A Teoria X reflete um estilo de administração duro, rígido e autocrático, e que faz as pessoas trabalhem dentro de padrões planejados e organizadas, tendo em vista o alcance dos objetivos da organização. As pessoas são meros recursos de produção.
A Teoria Y é o estilo de administração aberto, dinâmico e democrático. Administrar é um processo de criar oportunidade, liberar potenciais, remover obstáculos e encorajar o crescimento induvidual.

Sistemas de administração

Likert considera a Administração um processo relativo no qual não existem princípios universais validos para todas as situações.

 Sistema 1 – Autoritário coercitivo

É um sistema administrativo autocrático e forte, coercitivo e arbitrário, que controla rigidamente tudo o que ocorre dentro da organização. É o sistema mais duro e fechado. Suas características são:
- Processo decisorial.
- Sistema de comunicações.
- Relacionamento interpessoal.
- Sistema de recompensas e punições.

Sistema 2 – Autoritario Benevolente

É um sistema administrativo autoritário que constitui uma variação atenuada do Sistema 1. No fundo, é um Sistema 1 mais condescendente e menos rígido. Suas principais características são:

- Processo decisorial.
- Sistema de comunicação.
- Relacionamento interpessoal.
- Sistema de recompensas e punições.

Sistema 3 - Consultivo

Trata-se de um sistema que pende para o lado participativo do que para o lado autocrático e impositivo. Representa um gradativo abrandamento de arbitrariedade organizacional. Suas características são:

- Processo decisorial
- Sistema de comunicações.
- Relacionamento interpessoal.

Sistema 4 – Participativo

É o sistema administrativo democrático por excelência. As decisões são delegadas aos níveis organizacionais. O nível institucional define políticas e diretrizes e apenas controla resultados, deixando as decisões a cargo dos diversos níveis hierárquicos.

Processo Decisório

A Teoria das Decisões nasceu com Herbert Simon, que a utilizou como base para explicar o comportamento humano nas organizações.

A organização como um Sistema de Decisões

A organização é um Sistema de Decisões em que cada pessoa participa conciente e racionalmente, escolhendo e decidindo entre alternativas que lhes apresentam de acordo com a sua personalidade, motivações e atitudes.
Ela envolve seis tipos de elementos:

1 - tomador de decisão.
2 – Objetivos.
3 – Preferências.
4 – Estratégia.
5 – Situação.
6 – Resultado.

Etapas do Processo Decisório

1 – Percepção da situação que envolve algum problema.
2 – Analise e definição do problema.
3 – Definição dos objetivos.
4 – Procura de alternativas de solução ou de cursos de ação.
5 – Escolha da alternativa mais adequada ao alcance dos objetivos.
6 – Avaliação e comparação das alternativas.
7 -  Implementação da alternativa escolhida.

Comportamento Organizacional

Comportamento Organizacional é o estudo da dinâmica das organizações e como os grupos e indivíduos se comportam dentro delas. É uma ciência interdisciplinar. A Organização se quer caracteriza por uma racional divisão do trabalho e hierarquia.

Teoria do equilíbrio organizacional

- Incentivos ou alicientes.
- Utilidades dos incentivos.
- Contribuições.
- Utilidade das contribuições.


A Teoria do Equilíbrio Organizacional identifica os participantes da organização e os fatores que afetam suas decisões quanto a participação.

Conflito entre objetivos organizacionais e individuais

Os objetivos organizacionais e os objetivos individuais nem sempre se deram muito bem. Para Barnard a pessoa deve ser eficaz e ser eficiente: isso mostra a dificuldade de ser eficaz e eficiente ao mesmo tempo.



Apreciação critica da Teoria Comportamental


A contribuição da Teoria Comportamental é importante definitiva e inarredável. Mostra os aspectos a seguir:

- Ênfase nas pessoas.
- Abordagem mais descritiva e menos prescritiva.
- Profunda Reformulação na filosofia administrativa.
- Dimensões bipolares da Teoria Comportamental.
- A relatividade das Teorias de Motivação.
- Influencia das Ciências do Comportamento sobre a Administração.
- A Organização como um sistema de decisões.
- Analise Organizacional a partir do comportamento.
- Visão tendenciosa.



Teoria das Relações Humanas

Humanizando a empresa
As Teorias das Relações Humanas (ou Escola Humanística da Administração) surgiu nos Estados Unidos como conseqüência das conclusões da Experiência de Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e colaboradores. Foi um desenvolvimento de relação e oposição à Teorias Clássica da Administração.

Origens da Teoria das Relações Humanas
A Teoria das Relações Humanas tem suas origens nos seguintes fatos:
- A necessidade de se humanizar e democratizar a Administração;
- O desenvolvimento das ciências humanas;
- As idéias da filosofia pragmática de John Dewey e da psicologia  dinâmica de Kurt Lewin foram fundamentais para o humanismo na Administração;
- As conclusões da experiência de Hawthorne, realizada entre 1927 e 1932;

A experiência de Hawthorne

Fonte: fundamentosyemprendimiento.blogspot.com/2010/11/experimento-de-hawthorne.html

Em 1927, o Conselho Nacional de Pesquisa iniciou uma experiência na fabrica de Hawthorne de Western Electric Company, situada em Chicago, para avaliar a correlação entre a iluminação e a eficiência dos operários, na medida por meio da produção. A experiência foi coordenada por Elton Mayo, e estendeu-se a fadiga, acidentes no trabalho, rotatividade do pessoal (turnover) e ao efeito das condições de trabalho sobre a produtividade.


Primeira fase da Experiência de Hawthorne



Na primeira fase da experiência foram escolhidos dois grupos de operários que faziam o mesmo trabalho e em condições idênticas: um grupo de observação trabalhava sob intensidade de luz  variável, enquanto o grupo de controle tinha intensidade constante.


Segunda fase da Experiência de Hawthorne

A segunda fase da experiência  começou em 1927. Foi criado u grupo de observação (ou grupo experimental): cinco moças montavam os relés, enquanto uma sexta operária fornecia as peças para abastecer o trabalho. Havia um fator estranho que não poda ser explicado apenas por meio das condições de trabalho experimentalmente controladas e que havia aparecido na experiência anterior sobre iluminação. Era o fator psicológico:
- As moças gostavam de trabalhar na ala de provas porque era divertido, e a supervisão branda (ao contrario da supervisão de controle rígido na sala de montagem) permitia trabalhar com liberdade e menor ansiedade.
- Havia um ambiente amistoso e sem pressões, na qual a conversa era permitida, o que aumentava a satisfação no trabalho.
- Não havia temos ao supervisor, pois este funcionava como orientador.
- Houve um desenvolvimento social do grupo experimental. As moças faziam amizades entre si e tornavam-se uma equipe.
- O grupo desenvolveu objetivos comuns, como o de aumentar o ritmo de produção, embora fosse solicitado a trabalhar normalmente.

Terceira fase da Experiência de Hawthorne

Em 1928, iniciou-se o Programa de Entrevistas (Interviewing Program) com os empregados para conhecer suas atitudes e sentimentos, ouvir suas opiniões quanto ao trabalho e tratamento que recebiam, dos surpevisores.


Quarta fase da Experiência de Hawthorne: Sala de montagem de terminais


Conclusões da Experiência de Hawthorne

A Experiência de Hawthorne proporcionou a definição dos aspectos básicos da Escola das Relações Humanas. Suas conclusões são as seguintes:
- O nível e a produção é resultante da integração social;
- Comportamento social dos empregados;
- Recompensas e sanções sociais;
- Grupos informais;
- Relações Humanas;
- Importância do conteúdo do cargo;
- Ênfase nos aspectos emocionais; 

Teoria da Burocracia

Burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance dos objetivos.
No início do século XX, Max Weber em sua bibliografia deu o nome de Século das Burocracias as grandes Organizações da sua época. Foi o 1° teórico das organizações que as estudou sob um ponto de vista estruturalista, preocupando-se com a racionalidade e os objetivos a serem alcançados pelas organizações burocráticas.


A teoria da burocracia se desenvolveu na administração em função dos seguintes aspectos:

1°) A fragilidade e parcialidade da teoria clássica das relações humanas
2°) A necessidade de um modelo de organização racional
3°) O crescente tamanho e complexidade das empresas
4°) O ressurgimento da sociologia da burocracia

A burocracia teve origem nas mudanças religiosas e o  sistema  moderno de produção, racional e capitalista se originou de um novo conjunto de normas sociais morais que Weber denominou de ética protestante.Verificou também que o capitalismo, a burocracia e a ciência moderna constituem três formas de racionalidade que se apoiaram nas mudanças religiosas.
           Max Weber, compreendeu a burocracia através de estudos do tipo de sociedade e os tipos de autoridade.

Tipos de Sociedade:

1ª) Sociedade Tradicional: Características patriarcais e patrimonialistas
2ª) Sociedade Carismática: Características míticas, arbitrárias e personalísticas
3ª) Sociedade Legal, Racional ou Burocrática: Características de normas pessoais e racionalidade.

Tipos de Autoridade:

1ª)Autoridade Tradicional: Quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, por que essa sempre foi a maneira pela qual as coisas foram feitas.
2ª) Autoridade Carismática: Quando os subordinados aceitam as ordens do superior como justificadas, por causa da influência da personalidade e da liderança do superior com o qual se identificam.
3ª) Autoridade Legal, Racional ou Burocrática: Quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, porque concordam com um conjunto de preceitos ou normas que consideram legítimos e dos quais deriva o comando. 

Weber idêntica três fatores para o desenvolvimento da burocracia :

  - Desenvolvimento da economia monetária
  - Crescimento quantitativo e qualitativo das tarefas administrativas do estado moderno
  - Superioridade técnica – em termos de eficiência – do tipo burocrático de administração

Características da burocracia segundo Weber:

1-      Caráter legal das normas e regulamentos
2-      Caráter formal das comunicações
3-      Caráter racional e divisão do trabalho
4-      Impessoalidade nas relações
5-      Hierarquia de autoridade
6-      Rotinas e procedimentos estandardizados
7-      Competência técnica e meritocracia
8-      Especialização da administração que é separada da propriedade
9-      Profissionalização dos participantes
10-  Completa previsibilidade do funcionamento

Vantagens da burocracia:

- Racionalidade
- Precisão na definição do cargo e na operação
- Rapidez nas decisões
- Unicosidade de interpretação ( regulamentação específica e escrita)
- Uniformidade de rotinas e procedimentos
- Continuidade da Organização
- Redução do atrito entre as pessoas
- Constância (os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas mesmas circunstâncias)
- Confiabilidade (os negócios são conduzidos através de regras conhecidas - as decisões são previsíveis e o processo decisório elimina a discriminação pessoal)

Uma organização é racional se os meios mais eficientes são escolhidos para a implementação das metas. Para Weber, a racionalidade é alcançada pela elaboração de regras que servem para dirigir, partindo de cima, todo comportamento de encontro à eficiência. É essa concepção de racionalidade que fundamenta a teoria de administração científica que almeja a descoberta e aplicação da melhor maneira de desempenho e de trabalho industrial.

Weber notou a fragilidade da estrutura burocrática: de um lado, existem pressões de forças exteriores para encorajar o burocrata a seguir outras normas diferentes das da organização e, de outro lado, o compromisso dos subordinados com as regras burocráticas tende a se enfraquecer gradativamente.

Disfunções da burocracia:

- Internalização das regras a apego aos regulamentos
- Excesso de formalismo e de papelório
- Resistência a mudanças;
- Despersonalização do relacionamento;
-Categorização como base do processo decisorial;
- Superconformidade às rotinas e aos procedimentos;
- Exibição de sinais de autoridade;
- Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público;

Modelo Burocrático de Merton

Baseia-se nas conseqüências não previstas, isto é, nas disfunções da burocracia (sistema fechado).

1)      exigência de controle por parte da organização;
2)      ênfase na previsibilidade do comportamento;
3)      justificativa da ação individual;
4)      rigidez de comportamento e defesa mútua na organização;
5)      grau de dificuldade com os clientes;
6)      sentimento de defesa da ação individual;

Críticas da teoria da burocracia

1)      o excessivo racionalismo da burocracia;
2)      mecanismo e as limitações da teoria da máquina;
3)      conservadorismo da burocracia;
4)      abordagem do sistema fechado;
5)      abordagem descritiva e explicativa;
6)      críticas multivariadas à burocracia;
7)      posição da teoria da burocracia dentro da teoria das organizações.

Implementação do modelo da burocracia



TEORIA DA BUROCRACIA


                                                                           Fonte:

Teoria Clássica da Administração


A Teoria Clássica da Administração surgiu em 1916 na França, fundada pelo engenheiro Henry Fayol (1841-1925) tinha como foco principal a linha gerencial e seu maior objetivo era a busca pela eficiência da organização enfatizando em sua estrutura. Os autores clássicos pretendiam criar uma administração baseada na divisão do trabalho e sua especialização, na coordenação, nas atividades de linha e de staff.
Para Fayol toda empresa possuía funções técnicas, comerciais, financeiras, de segurança, contábeis e administrativas. As funções administrativas envolviam os elementos da Administração que seria as funções desempenhadas por um administrador: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar, as quais formam o processo administrativo.

   As seis funções básica da empresa para Fayol. As funções administrativas são distribuídas igualmente entre os níveis hierárquicos.

Para Fayol, Administração é um todo, um conjunto de processos unificados e entrosados, enquanto que a organização é uma das partes, além de ser estática e limitada.
Fayol definiu os “princípios gerais”, os quais são maleáveis e universais. São eles:
1.      Divisão do trabalho: especialização das tarefas e das pessoas;
2.      Autoridade e responsabilidade: a autoridade é o direito de dar ordens e a responsabilidade é o dever de prestar contas;
3.      Disciplina: obediências às regras da empresa;
4.      Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um superior;
5.      Unidade de direção: uma cabeça e um plano para cada conjunto de atividades com o mesmo objetivo;
6.      Subordinação dos interesses individuais aos gerais: os interesses da empresa devem vir acima dos interesses individuais;
7.      Remuneração do pessoal: as remunerações devem ser justas e satisfatórias tanto para o empregado quanto para a empresa;
8.      Centralização: a autoridade deve de concentrar no topo da hierarquia;
9.      Cadeia escalar: linha de autoridade que vai do escalão mais alto até o mais baixo;
10.  Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar;
11.  Equidade: justiça para alcançar a lealdade do pessoal;
12.  Estabilidade do pessoal: quanto mais tempo uma pessoa permanecer em um cargo melhor será para a empresa;
13.  Iniciativa: ter capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente o seu sucesso;
14.  Espirito de equipe: união e harmonia entre as pessoas.

A Teoria Clássica representa a organização como uma estrutura, que constitui uma cadeia de comando (cadeia escalar), onde é concebida por uma linha de autoridade interligando as posições e definindo quem se subordina a quem, esta cadeia de comando é baseada na unidade de comando.